A importância das abelhas para o meio ambiente

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A transferência de grãos de pólen das anteras de uma planta para o estigma de outra (polinização) é realizada por moscas, borboletas, pássaros e vento. Contudo, as abelhas são os principais agentes desse processo, já que o realizam quando se alimentam de recursos florais e espalham o pólen por grandes áreas.

Essa ação garante a produção de frutos e sementes, além da reprodução de diversas plantas fundamentais para a preservação do meio ambiente. Confira, a seguir, alguns efeitos dessa atividade.

Polinização de plantas alimentícias

Dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revelam que 70% de todas as culturas agrícolas são polinizados por abelhas, estima-se que grande parte dos alimentos consumidos pelos seres humanos são produtos do processo de polinização desses insetos.

Como resultado, as mercadorias geradas pela polinização das abelhas correspondem a cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) agrícola e representam uma cifra superior a US$ 200 bilhões por ano, mundialmente.

Polinização de matas nativas

A ação das abelhas no meio ambiente também colabora para a preservação das matas nativas, já que 85% das plantas de matas e florestas são polinizadas por esses insetos. Na Mata Atlântica, por exemplo, 90% das espécies vegetais são polinizados por abelhas.

Colmeia de abelhas na mata. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

Qualidade genética e produção de oxigênio

Frutos que nascem de plantas polinizadas por uma abelha têm qualidade genética superior às que não foram polinizadas e apresentam um valor nutricional maior com sabores muito mais marcantes.

Outro ponto essencial para a preservação do meio ambiente é o efeito cascata causado pelas abelhas que chegam até a produção de oxigênio, vital para qualquer forma viva na Terra.

As abelhas estão desaparecendo? Por quê?

Ações humanas como desmatamento, uso de pesticidas e mudanças climáticas ameaçam a alimentação, a habitação e a sobrevivência direta desses insetos. Recentemente, uma denúncia feita pelo pesquisador e biólogo Antônio F. Carvalho, em um estudo no Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), em Santa Teresa, revelou outro risco aos animais: o tráfico online de abelhas.

Segundo a publicação, a transferência dos insetos de seu hábitat para regiões não nativas facilita a disseminação de parasitas e predadores, o que contribui ainda mais para o desaparecimento da espécie.

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Fonte: Current Biology, Embrapa, Revista Eletrônica Científica da UERGS, Sem abelha, sem alimento, Agencia Estadual de Notícias do PR

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