Hemofilia
O que é a hemofilia?
Toda vez que uma pessoa sofre um corte, seja ele com uma faca ou um pedaço de papel ou seja por conta de um acidente de maior gravidade, seu corpo passa a sangrar por alguns períodos, até que os componentes do sangue, como as plaquetas e certos tipos de proteína, entram em ação e barram a saída do sangue.
Para ajudar a parar essa perda de sangue, dependendo do tipo de corte, a pessoa pode precisar dos famosos “pontos” cirúrgicos, mas, normalmente, é preciso lavar a região e esperar alguns minutos para perceber que o fluxo de sangue parou.
A hemofilia é uma condição médica que faz com que um indivíduo seja incapaz de produzir certas proteínas do sangue, cuja maior responsabilidade é justamente entrar em ação para impedir o sangramento prolongado em cortes e machucados.
Quem tem hemofilia também pode sofrer lesões espontâneas e sangrar com maior facilidade, mesmo que não existam marcas físicas ou problemas visíveis que podem ter ocasionado esses sangramentos. A hemofilia pode, inclusive, acontecer no interior do organismo, dentro dos músculos, sem que a pessoa consiga perceber seus sinais de forma efetiva.
Essa é uma doença crônica, que atinge o indivíduo durante toda sua vida, e ela é dividida em estágios, podendo ir de leve, moderada a até mesmo grave. Pacientes com a hemofilia do tipo leve podem não detectar a doença durante muito tempo, podendo descobri-la somente na vida adulta.
Existem dois tipos da doença: a hemofilia A e a hemofilia B. Esses tipos estão relacionados ao tipo de proteína que a pessoa não consegue produzir. Na hemofilia A, a proteína afetada é o fator VIII, enquanto a hemofilia B vêm com um defeito no fator IX.
O diagnóstico da hemofilia é confirmado por meio de um exame de sangue que busca encontrar justamente essas proteínas.
Quais são as causas da hemofilia?
Atualmente, acredita-se que a hemofilia seja causada por um defeito genético no cromossomo X, que é passado adiante pela mãe.
No entanto, essa é uma doença que afeta mais comumente os homens, sendo que uma mãe que tenha o gene da hemofilia pode não apresentar seus sintomas, passando adiante somente para alguns dos filhos homens. Por conta dessa relação com os cromossomos, a hemofilia é genética.
Quais são os sintomas de hemofilia?
Entre os sintomas de hemofilia, podemos destacar:
– sangramentos que surgem sem nenhum trauma ou razão aparente;
– sangramentos frequentes nas mucosas, como o nariz e a gengiva;
– marcas roxas e lesões pelo corpo que aparecem sem motivo e que podem ter sido causadas por um sangramento debaixo da pele;
– dor forte e restrição de movimento em lugares como os joelhos e tornozelos, por conta de sangramentos internos; e
– cortes que levam muito tempo para parar de sangrar.
Como é o tratamento da hemofilia?
A hemofilia não tem cura, mas o paciente com hemofilia pode receber aplicações das proteínas que não estão presentes em seu sangue como forma de ajudar na coagulação. Há também medicamentos que podem auxiliá-lo.
Sempre que pacientes hemofílicos passam por procedimentos médicos, como cirurgias e até mesmo uma extração de dente, precisam seguir bem a orientação dos médicos, já que existem medicamentos que podem piorar o quadro.
De modo geral, o paciente com hemofilia não deve se automedicar e pode viver uma vida normal com leves limitações acerca de esportes que pode praticar, por exemplo.
