Impactos das emoções

 em Educação Profissional, Textos Educação Profissional

 AS EMOÇÔES NO AMBIENTE DE TRABALHO

Maria Rita Gramigma

Amor e ódio,Alegria e tristeza.

Medo e coragem.

Emoções e sentimenstos.

Que se misturam no dia a dia empresarial.

Verdadeiro caldeirão de iguarias.

Que se bem entendidas e administradas

Enriquecem os relacionamentos.

Tema que está na ordem do dia.

 

O ser humano está em fase de transformação.Do paradigma cartesiano, aos poucos

Vamos nos pós-modernizado e fazendo o trajeto pendular entre a razão e a emoção.

Cada vez mais é exigido, principalmente daquele que está em posição de gerência, a

Presença da competência emocional.

Mais uma vez somos chamados a repensar atitudes e comportamentos, com vistas à

Melhoria da qualidade nos relacionamentos.

O ponto de partida poderá ser um estudo comparativo da fisiologia das emoções e os

Resultados organizacionais.

 

 

 

AS CINCO EMOÇÔES BÁSICAS

 

O ser humano, em sua existência, cinco emoções básicas:

 

Medo

 

Raiva

 

Tristeza

 

Alegria

 

Amor

 

PRESENTES NOS AMBIENTES DE TRABALHO, CADA UMA DELAS TEM SUA FISIOLOGIA E CONSEQÜÊNCIAS PARA OS RESULTADOS ORGANIZACIONAIS:

 

FISIOLOGIA CONSEQUÊNCIAS
1.MEDO:sua presença altera os batimentos cardíacos, acelera a respiração , dilata as pupilas e reduz o fluxo de sangue órgãos periféricos, preparando o corpo para a fuga. Pessoas com medo tendem a fugir de

Compromissos evitam desafios e apresentam baixos resultados.

O medo está relacionado com ameaças à sobrevivência.

Simbolicamente, podemos citar algumas situações que causam tal emoção:

-Demissões em massa, que trazem como conseqüência a ameaça constante para aqueles que ficam.

-Estilos gerenciais autoritários.

-Mudanças bruscas no modelo de gestão, sem a devida sensibilização e preparo dos colaboradores.

2.TRISTEZA:a postura de quem está triste e fechada e voltada para o próprio umbigo. O abatimento, os ombros caídos, a ausência do brilho no olhar, indicam tal emoção. Geralmente acontece quando alguém sente uma (ou diversas) perdas. Como pode alguém preocupado e triste gerar resultados?

 

A tristeza induz à apatia, à falta de energia e à paralisação da ação. Ambientes muito introspectivos, geralmente carregam esta emoção.

Perda de status

Redução do espaço de poder

Perdas pessoais

 

3. RAIVA : quando presente,gera tensão nos músculos,pupilas diminuídas, maior circulação de sangue nos órgãos periféricos,preparando o corpo para a defesa

 

Pessoas tendem a manifestar comportamentos

Agressivos e de revide. Um ambiente onde a raiva é pouco produtivo. A reboque,vem a desconfiança,o ciúmes,a inveja e outros sentimentos secundários que interferem sobremaneira no trabalho de equipe principalmente

 

Precisamos de times combativos e competitivos, porem unidos pela solidariedade. Os principais fatores que geram a raiva são: Injustiças; Posturas gerenciais agressivas e desqualificastes.

4. ALEGRIA: quem está alegre apresenta tônus vital elevado, energia, olhos brilhantes, movimento, riso fácil e disponibilidade para agir. Ao  encontrar pessoas felizes, percebemos no ar algo diferente: o clima da paixão pelo que se está produzindo. Logicamente, um time alegre onde a camaradagem se faz presente, tem maiores chances de gerar resultados e contagiar o ambiente com sua ação.

O que faz as pessoas felizes:

–   Reconhecimento

–    Atitudes éticas e coerentes

–     Possibilidades de desenvolvimento e crescimento profissional.

-Desafios

-Modelos de gestão abertos

-Gerentes e líderes que são exemplo

 

5.AMOR: alegria e amor caminham lado a lado.As duas emoções energizam o ser humano. Porém o amor acalma, faz com que o nosso organismo se harmonize, promovendo o bem estar físico.

 

Onde o amor se faz presente percebesse um “quê” de sagrado. As pessoas se respeitam, se ajudam, preocupam-se com o semelhante, abrem seus corações e suas mentes para um saber compartilhado.A retenção de talentos é facilitada, a gestão do conhecimento corre de forma natural e, conseqüentemente, os resultados se maximizam.

 

O  que leva um time a amar o que se faz:

-Lealdade

-Respeito

-Trabalho significativo

-Sistema de gestão aberto

-Gerentes e líderes que amam o que fazem e são matrizes de identidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O que é a ansiedade ?

 

 Sua carreira depende disso.

Ansiedade, angustia, medo , insegurança, timidez são todos parentes próximos, diríamos que frutos de uma mesma arvore. Embora a ansiedade contenha atributos orgânicos (é uma conseqüência normal do funcionamento do corpo), ela é uma decorrência do funcionamento mental. Ela se traduz por uma pressa, uma ânsia para o movimento, uma inquietação interior, uma aflição do corpo, para que aquilo que estiver acontecendo acabe logo. Também pode aparecer como um desejo exagerado para que algo aconteça, como se esse algo fosse algo muito bom, gostoso e agradável. A mente de uma forma mentirosa promete que quando acabarmos aquilo que nos gera ansiedade, tudo ficara tranqüilo, ficaremos sossegados e ou viveremos a glória ou não correremos mais perigo. A realidade é diferente pois a ansiedade vicia e quanto mais pressa temos, mais falta sentimos dela, a mente se habitua com a pressa e passa a precisar dela. E nós reles mortais, ficamos aprisionados a ela, sempre ansiosa querendo acabar, chegar lá e percebendo que sempre há mais para se fazer.

 

Ansiedade e Instinto de morte

A ansiedade é o desejo de acabar, de terminar, de cessar a sensação física e psíquica do contacto com a vida, com a realidade. Este desejo acaba sendo o representante do instinto de morte, a única maneira de acabar com esta sensação. A pressa de acabar desemboca no desejo de terminar a própria vida. Trágico, mas quando a ansiedade é exagerada, absolutamente verdadeiro.

 

Como diminuir a ansiedade?

Primeiro é preciso entender que a ansiedade é um fato normal quando não é exagerada.

A ansiedade corresponde a excitação do neurônio e a sua necessidade de descarrega-la. Ela normalmente é desencadeada quando a pessoa entra em contacto com situações novas e desconhecidas ou quando a situação contém alto valor afetivo.Para poder combatê-la o primeiro passo é identificá-la. O corpo fica tenso, existe uma necessidade de se movimentar fisicamente (mexer pés ou mãos e inquietação em geral), a respiração esta mais acelerada e o pensamento fica agitado (muitas idéias passam pela cabeça de forma acelerada). Algumas vezes a cabeça fica confusa e não se sabe direito o que se quer.Uma vez identificado este estado deve-se focar na respiração. A freqüência respiratória precisa ser diminuída. Deve se inspirar lentamente e encher o pulmão em mais ou menos 75%. Em seguida deve-se expirar e tirar todo o ar do pulmão (inclusive com a ajuda do diafragma), também de forma lenta. A respiração tem a capacidade de controlar o corpo e a mente. Este tipo de exercício deve ser feito por pelo menos 10 minutos e deve-se tentar manter a cabeça vazia. Os pensamentos precisam sair da mente junto com o ar expirado.A ansiedade é desencadeada por preocupações. Uma incerteza que desperta o nosso pessimismo, e a sensação de algo muito ruim vai acontecer. E que é preciso fazer algo para evitar o pior. Atingir as nossas metas e objetivos. Esta é a hora de parar, quanto maior a nossa pressa para atingir o objetivo maior a ansiedade. Não se pode ter pressa para atingir objetivo. É como dizem os ditados populares :”O apressado come cru”. “Devagar se vai ao longe”. É lógico que não devemos abrir mão de nossos objetivos, mas é preciso que ele deve ser atingido quando possível e necessário no plano do real e não na cabeça, o que nos protege é a nossa ação e não as nossas idéias, portanto as idéias servem para nos orientar e não para nos acelerar.Esvazie a cabeça quando estiver ansioso e confie que de forma lenta você chegara num ponto de proteção, abra mão mentalmente de sua meta e objetivo por um tempo. Só até recuperar o equilíbrio.

 

 

” Mente acelerada é mente desequilibrada “(Isaac Efraim).

 

 

 

QUOCIENTE DE INTELIGÊNCIA (QI)    X   QUOCIENTE EMOCIONAL (QE)

 

Até recentemente se acreditava que quanto maior o QI (quociente de inteligência) de uma pessoa, maior era a probabilidade dela conseguir sucesso na vida. Psiquiatras e psicólogos acabam de desbancar e colocar fora de propósito  essa teoria: comprovou-se que pessoas de QI abaixo da média haviam conseguido sucesso na vida, enquanto outras, de elevado QI, ocupavam posição social medíocre.Recentemente, o programa “Fantástico” da Rede Globo apresentou uma matéria com esse teor, entrevistando um homem que tem um dos mais altos QI do planeta, mas que ganhava o salário mínimo americano (US$ 660), trabalhando como vigia porteiro de uma Empresa. Vivia só e havia fracassado no casamento.

 

  1. GOLEMAN EXPLICA PORQUE ISSO ACONTECE

 

O dr. Daniel Goleman, Ph.D de Harvard, considerado o pai da inteligência emocional, defende a idéia de que o sucesso tanto no trabalho como nas relações pessoais não depende do QI, mas do QE.  Depende de um conjunto de habilidades que ele reuniu sob o nome de inteligência emocional ou QE. Essas habilidades o dr. Goleman as reuniu num conjunto de testes que as empresas estão hoje aplicando na seleção de seus funcionários. O dr. Goleman assim fala do QE: “É uma forma diferente de inteligência, composta principalmente de autoconhecimento, controle dos impulsos, persistência, automotivação, habilidade social e capacidade de perceber sentimentos alheios”.

Na verdade, o dr. Goleman não é o criador da QE: ele apenas reuniu e organizou os estudos que se faziam na Universidade de Yale, com base nos experimentos do do guru Maharish (chamado também de guru dos Beatles) sobre a inteligência criadora, efeitos da meditação transcendental, etc.

Podemos ser inteligentes em relação às emoções. O que não significa barrá-las, sufocá-las, mas, antes, administrá-las, conhecê-las a fundo para poder vivenciá-las, em vez de anulá-las (o que seria uma imprudência inútil), percebendo-as claramente não só em você mesmo, como no comportamento dos outros. Isso melhora substancialmente as relações interpessoais (daí as empresas oficializarem os testes de QE).

Quando nos sentimos sufocados pela ansiedade, ou pelas baixas emoções como a raiva, o ciúme e o medo, não conseguimos raciocinar direito. Pode-se dizer, em última análise, que sofremos por ignorância de não nos conhecermos melhor, de não sabermos nos relacionar adequadamente nos vários setores de nossa vida.

As emoções estão sediadas numa certa região do cérebro que ainda hoje não se conhece direito. O dr. Goleman diz que “não existe nenhuma área em que o quociente emocional não seja crucial”. A capacidade de se automotivar e de lidar com situações que envolvam estresse, raiva, pode ser administrada, “e quanto mais praticamos essas habilidades, mais elas fortalecem o circuito cerebral” – diz o dr. Goleman.

                     

 

 

QUOCIENTE EMOCIONAL  X  AUTOCONHECIMENTO

O dr. Goleman diz: “Um componente básico da inteligência emocional é o autoconhecimento, e se ele for pequeno, como posso confiar em suas respostas pessoais?”.

QE não tem muito a ver com cultura, estudo universitário, etc. (embora sejam esses componentes auxiliares de peso numa pessoa de QE elevado).  O dr Goleman cita o caso de Oprah Winfrey, apresentadora do programa de Tv. mais assistido dos EUA. Ela mal conseguiu terminar os estudos, e no entanto tem uma inteligência emocional altíssima… e dos mais altos salários da Tv. americana. No Brasil podemos citar Silvio Santos, que se encaixa perfeitamente dentro da definição de inteligência emocional do dr. Goleman: “Inteligência emocional é saber como conseguir as coisas – e isso significa saber lidar muito bem com as pessoas”.  Silvio Santos tem todas as habilidades desse conceito: mesmo sendo um homem público consegue contornar as situações mais embaraçosas que se-lhe apresentam, como no caso do quase divórcio pretendido pela esposa Íris (que seria um desastre para ele).

O QE  NAS  EMPRESAS

O dr. Goleman pesquisou funcionários de 500 empresas nos EUA e observou que o QE é duas vezes mais importante que o QI. O QE é o fator determinante que separa o profissional mediano do excelente.  Representa – segundo o ele – cerca de 90% do que é preciso para ser um líder excepcional. Ele ainda diz: “As empresas querem saber quais as qualidades dos funcionários que fazem a diferença, não apenas o que está no currículo”.

 

O  QE  E O RELACIONAMENTO SOCIAL

O dr. Goleman lembra que quanto maior é a capacidade dos pais, dos adultos, e principalmente dos adolescentes em lidar com a raiva, com o descontrole dos impulsos, maior é a probabilidade da pessoa aderir ao uso de drogas ou de conseguir uma gravidez indesejada. O aumento da carência de QE na sociedade, que faz desencadear outros fatores funestos, é uma das causas do aumento da violência nos EUA, embora a sociedade americana seja uma das mais desenvolvidas do mundo. Os índices de drogados e violência cairiam se houvesse uma maior conscientização – um QE maior por parte das pessoas, e os adolescentes obteriam melhores notas nos estudos, redirecionando o centro emocional  no cérebro.

 

                                                       O  QE  E  A  SAÚDE

Abalizando os profissionais da medicina psicossomática, o dr. Goleman diz: “Existe uma relação direta entre nosso estado emocional e nossas condições físicas. Pessoas tranqüilas tem duas vezes menos possibilidade de adoecer que as nervosas”.

 

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