Mais 5 poemas infantins

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Guarda-chuvas, de Rosana Rios

Tenho quatro guarda-chuvas ☔
todos os quatro com defeito;
Um emperra quando abre,
outro não fecha direito. 😥

Um deles vira ao contrário
seu eu abro sem ter cuidado.
Outro, então, solta as varetas
e fica todo amassado. 🌂

O quarto é bem pequenino,
pra carregar por aí;
Porém, toda vez que chove,
eu descubro que esqueci… 🤦

Por isso, não falha nunca:
se começa a trovejar, ⛈️
nenhum dos quatro me vale –
eu sei que vou me molhar.

Quem me dera um guarda-chuva
pequeno como uma luva 🧤
Que abrisse sem emperrar
ao ver a chuva chegar!

Tenho quatro guarda-chuvas
que não me servem de nada;
Quando chove de repente,
acabo toda encharcada. 😭

E que fria cai a água
sobre a pele ressecada! 🚿
Ai…

7. Canção para ninar dromedário, de Sérgio Capparelli

Drome, drome
Dromedário 🐪

As areias
Do deserto 🏜️
Sentem sono,
Estou certo.

Drome, drome
Dormedário

Fecha os olhos
O beduíno,
Fecha os olhos,
Está dormindo. 😴

Drome, drome
Dromedário

O frio da noite
Foi-se embora,
Fecha os olhos
Dorme agora. 💤

Drome, drome
Dromedário

Dorme, dorme,
A palmeira, 🌴
Dorme, dorme,
A noite inteira.

Drome, drome
Dromedário 🐪

Foi-se embora
O cansaço
E você dorme
No meu braço.

Drome, drome 😴
Dromedário

Drome, drome
Dromedário 🐪

Drome, drome
Dromedário.

8. Convite, de José Paulo Paes

Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião. ⚽

Só que
bola, papagaio, pião 🦜
de tanto brincar
se gastam.

As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam. 🌟

Como a água do rio
que é água sempre nova. 🏞️

Como cada dia
que é sempre um novo dia.

Vamos brincar de poesia?

9. A Canção dos tamanquinhos, de Cecília Meireles

Troc… troc… troc… troc…
ligeirinhos, ligeirinhos,
troc… troc… troc… troc…
vão cantando os tamanquinhos…🥿

Madrugada. Troc… troc…
pelas portas dos vizinhos
vão batendo, Troc… troc…
vão cantando os tamanquinhos… 🥿🥿

Chove. Troc… troc… troc…🌧️
no silêncio dos caminhos
alagados, troc… troc…
vão cantando os tamanquinhos… 🥿🥿🥿

E até mesmo, troc… troc…
os que têm sedas e arminhos,
sonham, troc… troc… troc…
com seu par de tamanquinhos…🥿🥿🥿🥿

10. Meus oito anos, de Casimiro de Abreu

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores, 🌻
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras, 🌴
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
– Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno, 🌅
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor! 💕

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d’estrelas, 🌠
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar! 🌜

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã! 🌄
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã! 😘

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
– Pés descalços, braços nus – 🏃
Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis! 🦋

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias, 🙏
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que tenho ❤️‍🩹
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais! ⌛
– Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais! 🌳

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