Como trabalhar a campanha Setembro Amarelo nas escolas?
Ao implementar ações de combate à depressão e prevenção do suicídio, a escola mostra-se ativa e passa a entender melhor como os seus alunos estão se sentindo. Para tanto, é necessário adotar abordagens que falem com toda a comunidade escolar e que, em hipótese alguma, sejam percebidas como julgamento. Acompanhe as melhores ações para praticar na sua escola a seguir.
Faça palestras
Um dos principais objetivos da campanha Setembro Amarelo é enfrentar o problema de frente. Para isso, é substancial falar sobre o assunto abertamente. Portanto, convide profissionais da área de psicologia e que trabalham na prevenção do suicídio para dar palestras na escola.
Os palestrantes devem expor os fatores de risco e ensinar os estudantes a identificá-los em si e nos outros. Também é preciso apresentar possíveis soluções para o problema, como acompanhamento psicológico e psiquiátrico, exercícios físicos e mudanças de hábitos.
Geralmente, as palestras são realizadas presencialmente. No entanto, no contexto atual de pandemia em que a maioria das escolas adotou a modalidade de aulas remotas, esses eventos podem ser feitos virtualmente. Com isso, os pais também terão a oportunidade de assistir às palestras e debater o assunto em casa com seus filhos.
Promova rodas de conversa
Essa atividade incentiva o diálogo, contribuindo para que os alunos digam o que pensam sobre o tema, compartilhem ideias e tirem dúvidas, podendo ser realizada de forma presencial ou virtual. Para que flua e seja uma conversa esclarecedora, o debate deve ser mediado por uma pessoa experiente, que identifique momentos oportunos para fazer observações e eventuais fatores de risco.
Os organizadores das rodas de conversa devem criar um ambiente que transmita confiança, que seja acolhedor e livre de julgamentos que possam intimidar os estudantes e reprimi-los sobre o assunto. Também é indicado exemplificar o debate trazendo casos de pessoas conhecidas da cultura jovem.
Estimule o desenvolvimento das habilidades socioemocionais
O desenvolvimento das habilidades socioemocionais, como autoconhecimento, empatia e resiliência, permite que as crianças e adolescentes aprendam a lidar melhor com as suas emoções e com as de quem está ao seu redor. Quanto mais autoconhecimento um indivíduo tem, mais facilidade ele terá para identificar o que está sentindo, facilidade para se abrir e receber acompanhamento psicológico.
Sendo assim, é recomendado estimular o aperfeiçoamento das competências socioemocionais por meio de projetos em grupo, em que os alunos se aproximem dos seus colegas e possam exercer essas habilidades, além de capacitar os professores para trabalharem essas questões dentro da sala de aula.
Espalhe cartazes pela escola
Espalhar cartazes no ambiente escolar é um ótimo ponto de partida para incluir o assunto na escola. Os cartazes podem ser produzidos pelos próprios alunos como uma atividade extracurricular, incentivando-os a pesquisar e conversar sobre o tema de maneira criativa.
Durante as aulas remotas, os cartazes podem ser feitos em casa e apresentados à turma virtualmente. A escola também pode enviar materiais personalizados por e-mail para cada turma para que pais e alunos leiam, debatam e formem uma rede de preservação da saúde mental.
Incentive o acompanhamento profissional
Ao aplicar as ações citadas aqui, a escola poderá identificar eventuais membros da comunidade escolar que estejam com depressão ou demais problemas psicológicos e direcioná-los para um acompanhamento profissional. Isso é imprescindível para que a pessoa receba um tratamento adequado e eficiente.