Criança especial: entenda porque existe um dia dedicado a ela
Toda criança tem o direito de brincar, se divertir, estudar, ser educada, amada, respeitada e amparada. Em 9 de dezembro é celebrado no Brasil o Dia da Criança Especial, momento em que a sociedade reflete e se conscientiza sobre a importância da inclusão e da preservação de direitos para essas crianças.
“O objetivo dessa data é darmos mais atenção para as crianças que possuem algum tipo de necessidade especial, a fim de proporcionarmos melhor qualidade de vida e podermos auxiliar no seu desenvolvimento”, explica a psicóloga Stephanie Cristina Bravo.
Desde 2015, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) garante a dignidade da pessoa com necessidade especial ao longo de toda a vida, além do direito à igualdade de oportunidades com os demais indivíduos, sem que sofra nenhum tipo de discriminação.
“Por isso, é importante ter no calendário uma data dedicada à criança especial e realizar ações de inclusão social a esses pequenos. Para que todos se lembrem que existem pessoas com necessidades diferentes das nossas. A inclusão social combate a diferenciação e possibilita a criação de diversos espaços e serviços para quem ainda não tem acesso a eles. Fica a reflexão: o que podemos fazer para que exista mais espaços e serviços acessíveis a todas as crianças?”, explica a psicóloga.
Crianças especiais e suas necessidades
De acordo com Stephanie, crianças especiais são as que possuem má formação genética ou que sofreram algum tipo de alteração durante o parto. Autismo, deficiência mental, auditiva e visual, síndrome de Down, microcefalia e paralisia cerebral são as necessidades mais comuns de serem vistas. “Mas, existem muitas outras que não são tão conhecidas”, destaca.
E como saber que uma criança é especial? A psicóloga recomenda que os responsáveis fiquem atentos aos comportamentos padrões que os pequenos devem apresentar em cada fase da infância.
“Porém, é preciso lembrar que cada indivíduo tem suas particularidades de desenvolvimento. Uma criança pode ter autismo, mas ter um padrão de comportamento diferente do coleguinha que também é autista. “Levar os pequenos regularmente ao pediatra é fundamental”, alerta a psicóloga.
Quem tem uma criança especial em casa precisa ficar atento aos cuidados específicos e às necessidades do diagnóstico da criança. Em alguns casos, é válido fazer adaptações no ambiente de vivência ou até mesmo encaminhá-la para tratamentos com especialistas, como terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicoterapeuta, psicopedagogo, entre outros.
Stephanie acrescenta outros cuidados tão essenciais quanto o tratamento médico. “O mais importante para o desenvolvimento de uma criança especial é que os pais ofereçam paciência, respeito, tempo de qualidade e, acima de tudo, muito amor. O preconceito sobre as crianças especiais predominou durante muito tempo. Ainda existe, mas notamos um grande avanço na sociedade ao se referir às pessoas com alguma necessidade especial utilizando o termo especial no lugar da palavra deficiente”, conclui.
Crédito da imagem: DenKuvaiev
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