Oratória X “Escutatória”, ouvir é mais importante do que falar

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Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido.

(Provérbios – 17:28)

A linguagem é um elemento básico e fundamental para a comunicação entre o ser humano e sempre vem acompanhada de expressões. Por essa razão, a linguagem age diretamente na organização do raciocínio e, assim, vai reestruturando as diversas funções psicológicas. Aristóteles dizia que o homem era um animal político e que falava.

É bem verdade que a fala, através do diálogo, pode excluir a violência da política, da sociabilidade, constituindo-se base para a cidadania e elo para a cultura. A fala é também expressão, metáfora, humor, poesia enfim, uma habilidade crucial para o homem. Agora, por mais incrível que se possa parecer, saber ouvir é mais importante do que saber falar. E esse ensinamento está não apenas na Bíblia, considerada a Palavra de Deus pelos Cristãos, mas em todo tipo de literatura. São milhares de provérbios e citações que nos ensina essa lição.

“Deus deu ao homem dois ouvidos, dois olhos e uma boca para vermos e ouvirmos duas vezes mais do que falamos”, diz um provérbio oriental. “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”. (Tiago 1.19). Outro exemplo claro são os provérbios portugueses, que enfatizam: “Quem fala demais dá bom dia a cavalo”.

Tenho visto muito se falar em curso de Oratória para melhor lidar com as palavras ao falar em público, mas até hoje não ouvi falar num curso de “Escutatória”, talvez até porque esta palavra ainda não existe, mas bem que poderia vir a fazer parte do nosso Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, haja vista que, hoje, mais do que nunca, estamos precisando aprender escutar, ouvir mais, e falar menos.

O melhor artigo que li nesse Caderno Opinião Pública, que é uma grande tribuna para um debate de alto nível, foi assinado pelo meu amigo Demóstenes Torres, grande jurista e político, enfim gente da melhor qualidade, quando teceu críticas construtivas ao senador Ronaldo Caiado. Lembro-me bem do título do mesmo: “Ronaldo Caiado: uma voz à procura de um cérebro”. A repercussão foi um debate que envolveu praticamente todo o Estado de Goiás e parte significativa da classe política brasileira.

Também tenho a pretensão de travar um debate saudável com esse nosso artigo, sobretudo para deixar evidente a importância de ouvirmos mais e falarmos menos. “A minha arma mais poderosa é a oração silenciosa”, dizia Mahatma Gandhi. E estarei atento, até porque sei muito bem que entrar em debate com: fanáticos políticos, e, mesmo religiosos, é dar bom dia a cavalo.

Depois que aceitei de verdade a vontade de Deus na minha vida, tenho aprendido dia após dia sobre a sabedoria que vem dos altos céus. Seja no trabalho ou na sua relação amorosa, a boa comunicação é primordial. Portanto, por ora, rogo a Deus que, através do Espírito Santo, possa colocar um guarda à nossa boca, e às portas dos nossos corações, pois só assim poderemos viver em paz, sem ira nem rancor, de mãos e coração limpos: diante de Deus e dos homens. Que o Senhor lhes abençoe!

 

(Patrick Barcellos, Facebook: Patrick Barcellos; fan page: /patrickbarcellosgo; Instagram: @patrickbarcellos; Twitter: @patricbarcellos; e-mail: patrick@patrickbarcellos.com.br; Site: http://www.patrickbarcellos.com.br)

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