Qual a influência do Dia do Fico na Independência?

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O Dia do Fico desencadeou eventos que tornaram irreversíveis a decisão de o Brasil separar-se de Portugal.

Poucos dias após o pronunciamento de Dom Pedro comunicando que permaneceria no Brasil, o Tenente-General Jorge de Avilez organizou suas tropas para dar um golpe e assumir o governo brasileiro. Ele acreditava que o príncipe era frágil.

O general português já havia tentado um golpe antes, mas depois de uma negociação com Dom Pedro, havia dado uma trégua ao príncipe.

Concentrando-se na Praia Grande, em Niterói, Avilez e suas tropas se fortificaram em um local estratégico. Percebendo a gravidade do ato, Dom Pedro reagiu enviando tropas do exército e de civis armados para combatê-lo.

Com mais uma vitória do príncipe, o general português e seus homens foram expulsos do Brasil.

Dom Pedro percebeu que precisava de aliados e nomeou Bonifácio para a Secretaria de Estado dos Negócios do Império e Estrangeiros, o que o tornou o primeiro brasileiro a ocupar um cargo ministerial.

Agora ministro, Bonifácio recomendou ao príncipe que fortalecesse os laços com as províncias e buscasse apoio para sua causa.

O Rio de Janeiro havia se declarado fiel ao príncipe e às suas decisões. Então, Dom Pedro partiu com sua comitiva para Minas Gerais.

Uma mulher no governo do Brasil

Antes de continuar a viagem, ele deveria nomear um substituto para ocupar a regência. Decretou assim que sua esposa, a Princesa Leopoldina, governaria em seu lugar. Pela primeira vez no Brasil, uma mulher comandou o país.

Ela governou antes mesmo de que o Brasil se tornasse verdadeiramente independente.

Dom Pedro continuava ganhando apoio da população rural e os fazendeiros saudavam o príncipe e sua comitiva por onde passavam. Ele estava viajando pelas províncias quando as mais novas reivindicações das cortes de Lisboa chegaram ao Brasil.

O Príncipe Dom Pedro havia sido rebaixado a delegado temporário. Os novos representantes do governo brasileiro seriam eleitos em Lisboa. As leis criadas no Brasil não seriam mais aceitas e quem desobedecesse estaria afrontando Portugal.

José Bonifácio concluiu que havia esgotado as possibilidades de conciliação. Ele considerou inevitável que o destino do Brasil envolvesse a ruptura com a coroa portuguesa.

Ele então enviou um mensageiro para entregar a Dom Pedro a carta que o informava da decisão pela Independência, que ele e Leopoldina haviam arquitetado no Conselho.

Tendo recebido a carta, Dom Pedro arrancou a braçadeira azul e branca que simbolizava Portugal e atirou-a no chão dizendo:

“Tirem suas braçadeiras, soldados! Viva a Independência, a liberdade e a separação do Brasil!”

O príncipe desembainhou sua espada, no que foi seguido pelos militares; os paisanos tiraram o chapéu, e Dom Pedro disse:

“Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a liberdade do Brasil! Brasileiros! A nossa divisa de hoje em diante será – INDEPENDÊNCIA OU MORTE!”

 

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